A origem do Japamala vem de 3 milênios antes de Cristo, na região da Índia. Ele é um cordão para contar entoações de mantras ou orações, em grupos de 108 repetições, onde Japa significa “repetição” e Mala significa “cordão”; ou seja, é utilizado para que uma pessoa possa pensar sobre o significado do mantra e de suas palavras enquanto entoa, sem ter a necessidade de ficar contando as vezes que entoa. Este objeto sagrado foi trazido para o Ocidente pelos Romanos e como o nome Japa é muito idêntico a Jap (Rosa), deram o nome de Rosarium, que atualmente podemos ver no que chamamos de "terços" muito usado por católicos para contar suas orações. O japamala e sua prática ajudam a colocar nossa energia em movimento enquanto a mente libera tensões e ansiedades produzidas no nosso cotidiano. Uma vez que a mente está limpa, ela é capaz de focar no que é necessário para a nossa felicidade e equilíbrio para vivermos no aqui e agora plenamente. Você pode utilizar um mantra, uma oração ou até mesmo uma palavra que simbolize a energia que você deseja trazer pra sua vida. Quanto mais você utilizar o seu cordão, mais impregnado de sua própria energia ele será.
Iara Vianna - Yoga e Expansão da Consciência
Um espaço para se falar sobre Yoga, Espiritualidade, Reiki, Massagem Ayurvédica,Filosofias...entre tantas outras coisas voltadas para a Expansão da Consciência e Evolução Espiritual!
20 agosto 2018
O que é um Mantra?
A palavra mantra vem do sânscrito, Man que significa "mente" ou
"pensamento" e Tra
significa "proteger" "socorrer". Assim, mantra quer
dizer : proteger nossas mentes de maus pensamentos.
Os mantras são um meio de comunicação espiritual das
religiões hindu e budista. Um mantra é formado por palavras em sânscrito com
poderes para elevar a consciência, promover a cura, solucionar problemas,
conseguir proteção e direção espiritual, manifestar desejos e muito mais.
Quem entoa mantras busca a intercessão espiritual. Uma
forma de orar repetidamente, a fim de magnetizar as energias de uma determinada
divindade.
Praticamente todas as religiões entoam alguma forma de
oração para a comunhão espiritual com seres mais elevados.
Entoar mantras é uma forma de meditação.
“A Paz sempre começa comigo”
Namaste!! _/\_
O PODER DO JAPAMALA
O poder do japamala
Seu japamala pode ser imantado com o poder de
repetição de seu mantra, para isso você precisará praticar todos os dias, por
pelo menos 40 dias seguidos. Após 108 dias o mala ficará carregado da energia
do poder do mantra entoado (cantado)/ murmurado (falado)/ meditado
(mentalizado).
Quando não estiver utilizando seu cordão, guarde-o em
um lugar limpo e sagrado. O melhor lugar para guardá-lo é sobre um altar
pessoal ou sobre uma estatueta sagrada de uma divindade.
O japamala pode ajudá-lo a tirar a tensão, a
ansiedade, o medo e levará você a atingir níveis mais altos de consciência e
realização espiritual.
A utilização de japamalas aumenta a felicidade e a
capacidade de meditação. As contas desse cordão dão mais foco e maior
determinação a quem às utiliza.
Um japamala pode ser um colar ou uma pulseira
(japamala de mão). A pulseira deve ter 27 contas, que precisarão ser contadas
por 4 vezes para completar 108.
18 maio 2012
Ashtanga Yoga de Patanjali
A paz começa sempre comigo!
Começaremos a falar um pouco sobre o Ashtanga Yoga de Patanjali, ou Yoga das oito partes. Podem comentar e tirar dúvidas, se quiserem. Boa leitura! Namaste _/\_
ASHTANGA YOGA
Ashtanga Yoga (ashta =
oito, anga = membro) ou Yoga das oito partes, foi codificada por Patanjali (já
mencionado anteriormente) no Yoga Sutras, dividido em quatro capítulos,
ensinando as 8 etapas do caminho a ser percorrido e culminando com a realização
de Kayvalya ou liberação da consciência (purusha) de sua servidão
e confinamento na matéria (prakriti). Essa libertação só ocorre quando a
mente atinge o estado de total quietude, vazio, silêncio e abstração. YOGA
CITTAVRITTI NIRODHA, (Yoga é a cessação das turbulências mentais). O método
é uma ascese eficiente (asceta = indivíduo que se dedica por completo aos
exercícios espirituais mortificando o corpo) que permite, passo a passo, a
correção das imperfeições da mente, sua quietude e lucidez. Cessando todo o
funcionamento da mete objetiva, produz-se a libertação da Consciência ou
Espírito, que restituído de sua total liberdade entra no Gozo do Ser. O que nos
impede de gozar a Suprema Bem Aventurança (Ananda) é justamente o
incessante funcionamento da mente (impura, desconcentrada e agitada).
OS ANGAS (os 8 componentes do
sistema)
1.Yamas; 2.Nyamas; 3.Asanas; 4.Pranayamas; 5.Pratyahara;
6.Dharana; 7.Dhyana e 8.Samadhi.
1.YAMAS (conjunto de cinco
abstenções no comportamento, para estabelecer um relacionamento perfeito e
eficiente com o semelhante. É um comportamento moral perfeito). São eles:
-Ahimsa, não ferir, não
violência;
-Sathya, oposto da
hipocrisia, não mentir;
-Asteya, obter e usar
somente o necessário, cultivo da integridade, não roubar;
-Brahmacharya, vida casta
voltada para Deus, conservação da energia sexual, Brahma = Deus e Chara
= se mover, “se mover e direção a Deus ou viver em Deus”;
-Aparigraha, não ser
possessivo, desapego.
2.NYAMAS (conjunto de
cinco preceitos que quando cumpridos produzem a paz no mundo inteiro). Yamas geram paz com os outros e Nyamas
geram paz conosco.
-Saucha, pureza interna,
externa, física e mental (significa manter-se puro);
-Santosha, contentamento,
alegria (significa contentar-se com o que se tem e o que não tem, com o que faz
e o que não pode fazer...);
-Tapas, austeridade,
disciplina;
-Swadhyaya, conhece-te a
ti mesmo (estudo espiritual), conhecer-se como ego mortal e como o próprio SER;
-Ishvara Pranidhana,
entregar-se a Ishvara (O Criador), sem a graça divina, o esforço do
aspirante é impotente. Humildemente, enquanto se esforça no Sadhana
(disciplina espiritual), o aspirante se entrega total e incondicionalmente a Ishvara.
Conseguimos o máximo quando PERMITIMOS que seja feita a vontade de Deus.
*Não pode ser eficaz e verdadeira
a meditação de alguém que está em dívida com seu semelhante, se há alguém a
quem feriu, a quem enganou, a quem furtou, a quem explorou sexualmente, a quem
deseja roubar algo. As vítimas estarão vibrando contra o meditante.
*Puro, contente, resistente,
conhecendo-se a si mesmo e entregue às mãos de Deus, alcança-se a paz, a paz
pessoal, aquela que “transcende a compreensão humana”, aquela que só Ishvara
pode nos dar. Não é a paz que compramos do mundo.
3.ASANAS
É a prática física, as posturas
do corpo, que devem ser confortáveis e estáveis para a contemplação, que é o SADHANA,
o caminho, para compreender o si. Sua prática desenvolve uma musculatura
flexível, ossos e tendões resistentes, massageia os órgãos internos, equilibra
a função de diversas glândulas, melhora o fluxo de PRANA pelos NADIS,
entre outras coisas. Os asanas preparam o corpo para que a mente consiga
atingir o estado meditativo “Yoga Cittahvritti Nirodah”.
4.PRANAYAMAS
É o controle da bioenergia (Prana) que mantém vivo
o corpo e vivifica a mente. A respiração é a representação da energia vital
dentro do corpo. Só pelo controle desta força que põe a mente em movimento é
que se pode parar a mente. É o prana que faz a mente se mover, se o prana
for interrompido a mente não pode se mover, fazendo emergir o estado de
serenidade. Deter a movimentação do prana é Pranayama.
5.PRATYAHARA
Pratyahara, como quinto estágio do Yoga de
Patanjali, ocupa um lugar central. Ele é a chave para a relação entre o aspecto
externo do yoga (yamas, nyamas, asanas e pranayamas) e o interno
(dharana, dhyana e samadhi). O pratyahara nos ensina a nos
mover entre a duas esferas. É praticamente impossível ir do asana à
meditação. É saltar do corpo para a mente. Para essa transição, a respiração e
os sentidos, que ligam o corpo e a mente, precisam ser desenvolvidos e
controlados. Com o pranayama controlamos as energias e os impulsos
vitais e com o pratyahara ganhamos controle sobre os sentidos. Ahara
significa alimento ou algo que você coloca pra dentro, pratyahara
significa controle do ahara ou ter controle sobre as influências
externas. Existem três tipos de ahara, alimento:
-alimento físico, nutre o corpo,
combinação dos 5 elementos;
-impressões e sensações que
entram através dos nossos sentidos;
-relacionamentos, ocorrem através
do nosso Anahata Chakra e nutre nossa alma.
Pratyahara é duplo: evitar
coisas ruins (alimentos, impressões, relacionamentos) e abrir-se para coisas
boas (alimentos, impressões, etc...). A importância do pratyahara está
no controle das impressões sensoriais, o que permite que a mente se volte para
o interior. As impressões sensoriais são o alimento para a mente. Pratyahara
oferece métodos para preparar a mente para a meditação em quatro formas básicas
(controle da energia, controle dos sentidos, controle das ações e controle da
mente).
*Asanas, pranayamas e
pratyahara não são fins em si mesmos; objetivam dar ao praticante uma infra
– estrutura física e mental para que possa suportar as transformações
decorrentes do despertar da energia potencial kundalini. Através dessas
técnicas preliminares, para superar obstáculos iniciais (dúvida, preguiça,
dispersão, etc...) o meditador se prepara para o Yoga em si, que começa com as
técnicas de contemplação.
03 maio 2012
Resumindo as postagens sobre Yoga...
Existem diversos tipos de
Yoga, conforme as características do praticante: Raja Yoga, Jnana Yoga, Karma Yoga, Bhakti
Yoga, Hatha Yoga e Tantra Yoga.
RAJA YOGA:
Sistema codificado por Patânjali (Ashtanga Yoga) ou Yoga das 8 partes: Yamas
(harmonização do homem com a sociedade), Niyamas (harmonização interna do homem
com ele mesmo), Asanas (exercícios físicos), Pranayama (exercícios
respiratórios), Pratyahara (abstração e interiorização dos sentidos), Dharana
(concentração da mente), Dhyana (meditação) e Samadhi (estado em que se
destruiu a ignorância de nossa verdadeira natureza).
JNANA YOGA, o Yoga do Conhecimento:
Caminho que busca atingir a união pelo constante discernimento entre o real e o
irreal, ou seja, através do estudo, do questionamento e da contemplação
percebemos a presença de Deus em nós.
KARMA YOGA, o Yoga da Ação Desinteressada:
Partindo de nossas ações, ou seja, quando oferecemos os frutos de nossas ações
a Deus, quando conseguimos agir de maneira totalmente desinteressada atingimos
a união pelo servir.
BHAKTI YOGA, o Yoga da Devoção:
Caminho que trabalha nossa afetividade, buscando a união com Deus através do
amor, da devoção e da renúncia, consistindo de práticas como o canto, a
adoração e outros rituais.
HATHA YOGA, o Yoga das Disciplinas Físicas:
É o mais conhecido dos Yogas, começando o trabalho pelo corpo físico, através
das asanas, (posturas) e pranayamas (exercícios respiratórios).
TANTRA YOGA, o Yoga das Energias Sutis:
Segundo os textos clássicos, é o caminho indicado para os tempos atuais,
abrangendo diversos aspectos dos ramos anteriormente citados, utilizando-os de
modo a atingir o equilíbrio de nossos chakras, centros sutis de energia.
20 abril 2012
Harmonia Shiva e Shakti
Shiva é a mais elevada das criaturas, Parvati é o mais sublime dos ideais.
Shiva é o cérebro, Parvati é o coração.
O cérebro fabrica a luz, o coração produz Amor.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
Shiva é forte pela razão, Parvati é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
Shiva é capaz de todos os heroísmos, Parvati de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio sublima.
Shiva é um código, Parvati é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
Shiva é um templo, Parvati é o sagrado.
Ante o templo nos descobrimos, ante o sagrado nos ajoelhamos.
Shiva pensa, Parvati sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva. Sonhar é ter na fronte uma auréola.
Shiva é um oceano, Parvati é um lago.
O oceano possui a pérola que adorna; o lago, a poesia que deslumbra.
Shiva é a águia que voa, Parvati o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço, cantar é conquistar a alma.
Shiva é o cérebro, Parvati é o coração.
O cérebro fabrica a luz, o coração produz Amor.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
Shiva é forte pela razão, Parvati é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
Shiva é capaz de todos os heroísmos, Parvati de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio sublima.
Shiva é um código, Parvati é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
Shiva é um templo, Parvati é o sagrado.
Ante o templo nos descobrimos, ante o sagrado nos ajoelhamos.
Shiva pensa, Parvati sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva. Sonhar é ter na fronte uma auréola.
Shiva é um oceano, Parvati é um lago.
O oceano possui a pérola que adorna; o lago, a poesia que deslumbra.
Shiva é a águia que voa, Parvati o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço, cantar é conquistar a alma.
Raja Yoga e Karma Yoga
...continuando nosso papo sobre Yoga...
Raja Yoga
O Raja Yoga foi feito para os homens de Satya Yuga. As outras
formas de Yoga foram feitas para os seus sucessores, levando em conta os
acréscimos decorrentes do Kali Yuga... portanto são práticas para libertar os homens
do torpor em que vivem.
A origem:
A etapa clássica do Yoga deve sua fundação a Patanjali, grande filósofo indiano que
viveu no século VI a.C, que foi o autor do
Yoga-Sutra (a primeira codificação do Yoga), que constitui a base de uma das seis escolas filosoficas
da Índia e é a obra de maior autoridade
e a mais útil de todas.
No Raja Yoga o indivíduo sai de
suas estruturas sociais, é ascético, lida com sua própria unidade
psicofísica.
Os princípios:
Em seus 196 sutras o autor sintetizou o essencial da filosofia e
da técnica do Yoga, de maneira a constituir uma exposição condensada e
sistemática.
Quatro capítulos respondem às
perguntas:
O que é Yoga?Por que Praticar Yoga? Como praticar Yoga? Para que praticar Yoga?
Karma Yoga
A origem:
A expansão do budismo causou na Índia uma revolução
social, negando o caráter de revelação dos Vedas e inverteu o sistema piramidal
de castas, onde havia uma distribuição irregular dos direitos e deveres. Buda
inverte: os que estão no topo devem ter mais deveres e mais responsabilidades.
Buda sai do palácio e vai viver nas florestas, depois prega nas cidades, o
pensamento periférico vai para a cidade. A casta dos vaishyas assumiu o
pensamento budista.
O Karma Yoga provavelmente nasceu
como uma reação conservadora, bramânica, contra idéias budistas.
Os princípios:
O Karma Yoga não possui elementos físicos e meditativos, é a sacralização do comportamento humano.
Todo indivíduo está
localizado em uma posição social em decorrência dos méritos e deméritos
(karma): “Estou no mundo e devo me conformar com a minha posição, há uma
razão.”
A sociedade deriva da natureza
divina, é um corpo divino: Vishnu é o
Dharma, a divina ordem moral que tece e mantém unida a estrutura social.
A palavra Dharma não se refere somente à leis (ética e deveres), mas também à
qualidade de caráter e natureza essencial do indivíduo, resultando daí seu
dever e função social.
O homem deve fazer aquilo que lhe
é coletivamente atribuído, porque qualquer ação humana está sacralizada numa
origem divina, qualquer atividade, por mais humilde que seja, é importante e o
desapego deverá ser exercitado perante os benefícios que as atitudes possam
trazer aos indivíduos. Assim, o carpinteiro não deve trabalhar num sentido
egoico, mas como função coletiva. ”Age, mas sem recolher os frutos da ação” - “nada permanece inativo, tudo é impelido pelo movimento da
matéria”, o que implica ser desapegado dos frutos da ação, mas não alienar-se das ações.
É subdividido em quatro etapas:
1-brahmacharya (celibato)
2-grhastha (chefe de família) 3-vanaprastha (o habitante da floresta )4-sannyasa
(asceta) corresponde aos quatro propósitos que levam o homem à virtude: 1-dharma
(retidão) 2- artha (riqueza) 3- kama (prazer sensual) 4- liberação (moksa).
18 abril 2012
Os diferentes tipos de Yoga
Essa semana falaremos sobre os diferentes tipos de Yoga de acordo com o tipo de praticante...
O Universo tem uma história que pode ser contada através das eras, mas o decorrer delas produz um progressivo entorpecimento da capacidade humana de compreender a divindade. Yoga tem a ver com visões profundas do ser humano."
O Universo tem uma história que pode ser contada através das eras, mas o decorrer delas produz um progressivo entorpecimento da capacidade humana de compreender a divindade. Yoga tem a ver com visões profundas do ser humano."
Hatha Yoga
Origens:
No período pré-védico: imagens de
Pashupati.
No período védico: Shiva, como o
Senhor dos Yogues.
É uma técnica antiga,
desenvolvida e aperfeiçoada ao longo do tempo.
Definição:
“Ha” refere-se a Surya (sol) e
“Tha” à Chandra (lua)
E são sinônimos dos nadis Pingala
(nadi direito, solar) e Ida (nadi esquerdo, lunar). Sendo representações
simbólicas de Prana e Apana e sua união no Pranayama é um ponto característico
do Hatha Yoga.
O sistema se baseia na teoria de que o fluir do prana determina os
estados em que nos sentimos, pensamos e agimos. As correntes de prana fluem
através dos nadis e se afirmam que existem no ser humano 72.000 nadis que se
entrecruzam ou se interconectam. O funcionamento inadequado do corpo e mente é
considerado como uma perturbação na passagem do prana através desses canais. O
Hatha Yoga abre a passagem natural do prana pelos nadis e indica o modo de
dirigir as correntes prânicas através de canais particulares e de fixar o prana
em pontos específicos.
Desses 72.000 nadis, três são
principais: Ida, Pingala e Sushumna e o Hatha Yoga está relacionado com o
estabelecimento de um equilíbrio dinâmico entre Ida e Pingala para a passagem
do prana pelo Sushumna (canal central).
Alguns textos relacionados com o
Hatha Yoga:
São dois valiosos manuais para os praticantes do Hatha
Yoga, possuem o formato de sutras (fios) que condensam o maior número possível
de informações, utilizando o menor número de palavras. Ambos reverenciam o
Senhor Original que no início (dos tempos) ensinou o Hatha Yoga aos homens como
um caminho para o Raja Yoga.
Um deles é o Gueranda Samhita
é um diálogo entre o Mestre Guerandha e seu discípulo Canda Kapali que o
procura pedindo para conhecer o Ghatastha Yoga que leva ao conhecimento da
Realidade.
Ghatha é um termo que se refere à
unidade psico-física do homem. Em seu sentido filosófico pode denominar-se
“sarira” que inclui o “linga sarira”, o corpo sutil que transmigra. Assim,
Ghatha ou a unidade psico-física é responsável pelas ações que determinam o
futuro renascimento.
Para condicionar Gatha são
indicadas sete qualidades psico-físicas (sapta sadhanam): *purificação,
*força,
*estabilidade,
*compostura,
*leveza,
*autorealização e *transcendência,
que juntas compõem Ghatha Suddhi (pura).
Estas qualidades devem ser
desenvolvidas através do fogo do Yoga, ou seja, na prática de satkarmas,
asanas, mudras, pratyahara, pranayamas, dhyana e samadhi.
O Yoga apresentado no Guerandha
Samhita é um sistema completo de Yoga, demonstrando unidade e inter-relação
entre as práticas.
De acordo com a filosofia hindu
há três moldes (sarira: corpo, molde) corporais que envolvem a alma e que são
posteriormente subdivididos em cinco camadas:
1- O corpo denso ou anatômico
(sthula-sarira), que consiste na camada anatômica da nutrição (annamaya-kosha)
e é destruído na morte;
2- O corpo sutil (suksma-sarira)
que compreende a camada fisiológica (pranamaya-kosha), a camada psicológica
(mannomaya-kosha) e a camada intelectual (vijnanamaya-kosha);
3- O corpo causal (karana-sarira)
que consiste na camada espiritual da alegria (anandamaya-kosha).
O outro é o HathaYoga
Pradipika (O Elogio ao Hatha Yoga) de Svatmarama. (4 passos)
Saúda Shiva, considera o Hatha um
caminho para o Raja.
“O ioguim obterá sucesso cultivando a alegria, a perseverança, a
coragem, a sabedoria e a fé e dispensando companhias desnecessárias. É
fundamental ter convicção nos ensinamentos do guru interior”.
Conhecido como Yoga dos quatro passos: asanas,
pranayama, mudras e samadhi.
Eu sou a onda, faz de mim o mar...
“Deus é o oceano do Espírito, e
os seres humanos são como as ondas que se levantam e se quebram a superfície do
oceano. “Vistas de um barco a remo, as ondas parecem
infinitamente variadas. Algumas são grandes e ameaçadoras;
outras, pequenas, e é fácil remar sobre elas; porém,
quando a pessoa está num avião, tudo o que se vê é o
oceano, não as ondas na superfície.
Ainda assim, a
alguém que está absorto na encenação de maya - à
pessoa ligada ao sucesso e receosa do fracasso; preocupada com a
saúde e com medo da doença; Presa a existência terrena e
com medo da morte - As ondas da experiência humana
parecem reais e infinitamente variadas. Ao homem do
desapego, entretanto, tudo é Brahma: Tudo é Deus. Quanto
maior a tempestade, mais elevadas as ondas do oceano. Ainda
assim, quanto, mais violenta a tempestade da ilusão na mente da pessoa, mais essa pessoa se exalta com relação aos outros, e mais
afirma a própria independência, tanto do homem como
também de Deus. Poderá alguém escapar de seu Criador?
Todos fazemos
parte de Deus, da mesma forma que as ondas fazem parte do
oceano. Nossa separação de Deus não passa de simples
aparência. Quando as pessoas afirmam sua individualidade, e, por isso, se
engrandecem na vaidade e no orgulho, elas se chocam
agressivamente contra outras ondas do ego, instigadas
todas elas pela tempestade da ilusão. Assim como as ondas
do oceano numa tormenta, elas ondulam e se encapelam em
toda parte, às vezes conquistando, às vezes sendo conquistadas,
num frenesi sem fim de conflitos e de rivalidades. Numa tempestade, a
superfície do oceano ignora a paz.
De modo semelhante, enquanto a tormenta da ilusão ruge na mente humana, uma
pessoa não sabe o que é ter paz, mas só conhece a tensão e a
ansiedade. A paz chega quando a tempestade se aquieta, quer
externamente, na natureza, quer internamente, na
consciência da pessoa.
Quando se aquieta a tempestade de maya , as ondas do ego se aquietam também.
Quando o ego do devoto diminui, ele relaxa e aceita uma vez mais
sua ligação com o Espírito infinito. Pessoas
espiritualmente desenvolvidas não disputam entre si, porém
mergulham na água alegremente, em feliz harmonia umas com as outras, com a natureza e com Deus.”
Yoganandajy
16 abril 2012
Tenha uma vida iluminada!
20 instruções espirituais muito importantes
Swami Sri Sivanandaji Maharaj*
Swami Sri Sivanandaji Maharaj*
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